Consórcio: o que é e como pode ser um aliado nas finanças?

Entenda quais as vantagens e desvantagens de um consórcio e como avaliar se essa modalidade é ideal para os seus projetos

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Quantos projetos você já adiou porque não tinha dinheiro suficiente e não poupou para realizá-los? O consórcio é uma opção de crédito para quem quer tirar os planos do papel, mas sem o senso de urgência.

O consórcio atende a diversas finalidades, para adquirir bens e serviços. Ele pode ter um custo menor do que um financiamento, mas requer atenção sobre as taxas cobradas para ter um bom negócio.

Confira a seguir, para quais objetivos o consórcio é indicado e como fazê-lo.

Vamos lá?

O que é consórcio e para que serve?

O consórcio reúne um grupo de pessoas físicas ou jurídicas com um objetivo em comum: o de poupar. Esses grupos se juntam para guardar dinheiro por um tempo determinado e com um mesmo interesse, como comprar um carro, um imóvel ou um serviço.

Ou seja, o próprio grupo acaba financiando a compra. Por isso, o consórcio também é chamado de autofinanciamento.

Enquanto o grupo poupa, os participantes podem antecipar algumas parcelas para tentar adquirir o que desejam mais rápido. Isso também acontece com os sorteios mensais, que são feitos até que todos sejam contemplados, como detalharemos mais adiante.

Mercado

Essa modalidade de poupar em grupo tem se diversificado ao longo dos anos. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o primeiro trimestre de 2021 registrou o maior número de vendas de novas cotas em dez anos, chegando a 791 mil adesões.

Apesar do impacto na economia por causa da Covid-19, a entidade também pontua o aumento do volume de dinheiro poupado. Em 2020, foram R$ 34 bilhões em recursos aplicados, enquanto em 2011 foram R$ 15 bilhões.

Quais são os tipos de consórcio?

Segundo a ABAC, a finalidade dos consórcios também vem se diversificando, oferecendo opções como:

  • imóvel: casa, apartamento ou comercial (galpão, consultório, escritório), novo, usado, terreno, em construção;
  • veículo: caminhão, carro, moto, trator, ônibus, colheitadeira, embarcação, aeronave;
  • maquinário: máquina e implemento agrícola e rodoviário;
  • eletroeletrônico e ben durável: computador, celular, eletrodoméstico e mobiliário;
  • serviço: festa, viagem, formatura, reforma, tratamento estético, cursos, intercâmbio, cirurgia, casamento, serviços de jardinagem, advocacia, informática, segurança, etc.

Existem empresas que criam um grupo homogêneo, onde todos adquirem exatamente o mesmo bem ou serviço. Seria o caso de um mesmo padrão de apartamento ou modelo de carro, por exemplo.

Tem o grupo misto, onde há diferença no valor monetário que cada consorciado paga. Este costuma ser o tipo mais comum e, neste caso, a administradora assume o risco para manter o dinheiro em caixa para todos.

Como funciona um consórcio, afinal?

Para esclarecer de uma vez por todas o funcionamento dos consórcios, criamos o passo a passo a seguir:

  • Cada administradora define o número de participantes para iniciar o consórcio. Todos os meses, cada um paga a parcela definida em contrato, poupando para a compra do bem ou serviço escolhido.
  • De acordo com as regras de cada consórcio, é feito um sorteio por mês para contemplar uma pessoa com a carta de crédito. Essa carta tem o valor à vista para a compra do bem ou serviço.
  • O sorteado realiza o seu projeto, mas continua pagando as parcelas à administradora do consórcio. Os sorteios continuam até que todos recebam a carta.

Além do sorteio, os participantes podem dar lances para tirar a carta mais rápido. Vence quem der o maior lance no mês e o valor é deduzido das parcelas restantes

Vale destacar que a quantidade de parcelas é flexível, entre 12 e 204 meses, em média. A administradora define uma quantidade máxima e você escolhe em quantos meses pretende pagar.

Quais as taxas e reajustes em um consórcio?

Embora tenha o conceito do autofinanciamento, a lei do sistema de consórcios exige que ele seja criado e mantido por uma administradora autorizada pelo Banco Central.

O valor do bem ou serviço que você vai adquirir faz parte do Fundo Comum, onde ficam os recursos de todos os consorciados. Já para a administradora, você paga:

Taxa de administração

É a remuneração da administradora pelo serviço prestado. Trata-se de um percentual sobre o valor do que vai ser adquirido e essa taxa é diluída nas parcelas.

Fundo de reserva

Ele é usado para atender às necessidades do grupo, como cobrir o atraso de alguns participantes. Ao final do consórcio, se houver sobra nesse fundo, ele é devolvido em quantias iguais.

Seguro

É opcional de cada empresa definir o seguro no contrato, como forma de evitar a inadimplência. Há seguro de desemprego, de vida e de quebra de garantia.

Reajuste

O reajuste viabiliza que todos os consorciados mantenham o poder de compra na hora de usar a carta de crédito. Ele acompanha a variação dos preços de bens e serviços no mercado. Cada categoria tem seus indicadores para definir o reajuste. Entre eles estão:

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

É o indicador oficial da inflação, que acompanha o aumento dos preços. O IPCA impacta os bens e serviços comercializados em um consórcio.

Tabela Fipe

Divulgada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, ela serve de referência na variação de preço de automóveis.

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)

Corresponde à variação de preços para a construção de moradias. Ele também é usado por imobiliárias, bancos e construtoras.

Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)

Costuma ser usado em consórcios de serviços.

O reajuste continua a ser aplicado depois que o consorciado recebe a carta de crédito. No entanto, há empresas que diferenciam as taxas entre contemplados e não-contemplados.

Todos os indicadores e taxas cobradas devem ser informados no contrato. Os valores cobrados podem variar bastante de uma empresa para outra. Fique de olho!

Passo a passo para fazer um consórcio

Criado na década de 1960, o mercado de consórcios tem se estruturado para ser um negócio mais seguro para quem compra e mais transparente por quem administra.

A Lei 11.795/2008 define o funcionamento do Sistema de Consórcios, como a inclusão no Código de Defesa do Consumidor e alterações como a separação dos recursos da administradora do que é poupado pelos participantes.

Os passos para fazer o consórcio são:

1) Faça um planejamento dos seus projetos e finanças. Você quer reformar a casa ou trocar seu carro? Por quanto tempo consegue esperar para essa ação? Avalie sua necessidade e se o consórcio vai te atender nesse sentido.

Verifique seu orçamento e quanto poderá destinar por mês para o consórcio.

2) Escolha uma empresa autorizada pelo Banco Central. Confira a lista aqui e, para se certificar, veja o status dela no Reclame Aqui.

Pesquise por consórcios semelhantes à categoria do que você pretende adquirir. Faça sua simulação e compare preços. Aqui na Financeira Alfa, nós temos opções específicas de consórcio para:

3) Avalie os planos e condições e leia atentamente o contrato. Verifique se haverá sorteios, os critérios para lance, custos e reajustes.

4) Após assinar o contrato, você começa a pagar a mensalidade todo mês. Você participa das assembleias para conferir os contemplados do período. Se você se programar financeiramente, pode tentar dar lances para conseguir a carta de crédito.

5) Depois de contemplado, você pode optar por comprar o item que tinha se planejado ou trocar por outro na mesma categoria. Isso só é possível se o contrato permitir essa flexibilidade.

Vantagens e desvantagens do consórcio

As vantagens são:

  • tem custo total menor do que um financiamento;
  • é possível antecipar a aquisição, através dos lances;
  • a carta de crédito corresponde ao valor à vista do bem ou serviço, o que pode resultar em um valor bem menor;
  • pode usar o saldo do FGTS para pagar parcelas atrasadas, porém atendendo a alguns critérios definidos em contrato.

As desvantagens são:

  • as parcelas sofrem reajuste por diferentes indicadores e a cada aniversário da cota;
  • a depender das taxas e do reajuste, o valor pode ser mais caro do que se juntasse por conta própria.

Para fazer um bom negócio, é importante se dedicar à pesquisa da escolha da empresa e ler bem o contrato. Além disso, faça o planejamento financeiro para dar lances e ainda o atraso nas parcelas.

Quer uma ajuda da Financeira Alfa? Entre em contato com nossos especialistas aqui e peça sua simulação para tirar seus projetos do papel!

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