Crédito rural: o que é e como solicitá-lo?

Uma modalidade de crédito que pode apoiar no desenvolvimento do setor de agronegócio.

Compartilhe

Compartilhar no linkedin
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

O agronegócio é um dos carros-chefes da economia brasileira. Em 2020, o setor teve um crescimento recorde de 24,31%. Mas, para atingir esses resultados, é indispensável que sejam feitos investimentos por parte dos agricultores e pecuaristas. E é para ajudar nesse momento que existe o crédito rural.

Ele é uma linha de financiamento específica que visa trazer mais vantagem competitiva aos produtores e cooperativas. Quer entender melhor como funciona? Siga conosco!

O que é crédito rural?

O crédito rural é uma linha de financiamento destinada às despesas normais dos ciclos produtivos da agropecuária, investimento em bens e serviços e despesas relacionadas à comercialização e industrialização da produção.

A linha é destinada a produtores rurais, cooperativas e empresas relacionadas ao setor agropecuário e visa contribuir com o desenvolvimento da produção rural no Brasil.

O crédito rural é oferecido por instituições financeiras autorizadas a operarem com essa modalidade, como bancos e financeiras públicas e privadas.

Podem se beneficiar com este financiamento:

  • produtores rurais;
  • cooperativas de produtores rurais;
  • pessoa física ou jurídica que se dedique às atividades: pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas e certificadas, pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e embriões, prestação de serviços mecanizados de natureza agropecuária, em imóveis rurais, inclusive para proteção do solo, prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis rurais e atividades florestais.
Para que serve o crédito rural?

Seu principal objetivo é fomentar a produção agropecuária no país. Esta linha de financiamento foi institucionalizada pela lei 4.829/1965 – e durante 30 anos a gestão foi realizada pelo Banco do Brasil, por meio da Carta de Crédito Agrícola e Industrial.

Em 1965, o crédito rural passou a ser responsabilidade do Conselho Monetário Nacional (CMN) que implementou o Sistema Nacional do Crédito Rural (SNCR), com o Banco Central participando do órgão e fiscalizando todo o processo, garantindo que as financeiras apenas liberem o dinheiro para quem de fato se encaixa no programa e fará o uso de acordo com as especificações.

Os recursos liberados vêm do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de fundos constitucionais.

Como funciona?

O crédito rural tem duas modalidades. Na modalidade educativa os recursos são fornecidos junto da assistência técnica – que pode ser tanto a orientação do produtor ou para a elaboração de projetos.

E na modalidade corrente o fornecimento é apenas de recursos, sem a prestação de assistência ao produtor.

Para as cooperativas ou programas de colonização e reforma agrária, existe uma modalidade especial.

Alterações 2020-2021

Todos os anos, o governo revisa e atualiza o orçamento destinado a esta modalidade de crédito. Além das alterações orçamentárias, que são comuns, o governo também realizou outras mudanças, criando o novo Plano Safra para atender desde pequenos produtores (pessoa física) até grandes produtores com disponibilidade de recursos e taxas compatíveis com cada atividade.

Em 2020-2021, os recursos destinados aos pequenos produtores, via Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) subiram para R$ 33 bilhões, com taxa de juros de 2,75% ao ano para o custeio da produção de alimentos básicos e de 4% ao ano para investimento e comercialização.

No caso do crédito destinado à reforma das moradias rurais, o valor se manteve o mesmo, R$500 milhões.

O produtor médio, que não se enquadra no Pronaf, pode se beneficiar com o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), com verbas de R$ 33,2 bilhões, taxas de juros de 5% ao ano para custeio, comercialização e industrialização.

Programas

São vários os programas do crédito rural, sendo seus principais:

  • PRONAF, para investimento e custeio da propriedade da agricultura familiar;
  • PRONAMP, destinado ao médio produtor rural;
  • MODERAGRO, usado para a modernização e expansão da produtividade no setor agropecuário;
  • INOVAGRO, destinado à inovações tecnológicas;
  • PCA, para ampliação, modernização e reforma da capacidade de armazenamento;
  • FUNCAFÉ, destinado ao custeio do ciclo produtivo e estocagem;
  • MODERFROTA, para a compra de equipamentos de beneficiamento de café e outras máquinas (tratores, colheitadeiras, plataformas de corte etc.).
Quais benefícios e vantagens desse crédito?

Ao entender um pouco melhor sobre o que é e como funciona o crédito rural, já deu para notar que existem vários benefícios dessa linha de financiamento, não é? Entre eles podemos citar:

  • possibilidade de investir em atividades, aquisição de equipamentos ou expansão do negócio;
  • possibilidade de receber ajuda técnica, além do dinheiro;
  • taxas de juros menores;
  • modalidades adequadas à cada necessidade e tipo de produtor;
  • prazos de pagamentos facilitados (podem ser de 1 a 2 anos ou até de 10 anos);
  • valores adequados às necessidades dos produtores rurais;
  • fomento aos pequenos produtores, arrendatários, posseiros e trabalhadores rurais que podem adquirir e regularizar suas terras;
  • estímulo à geração de renda e uso melhorado da mão de obra na agricultura familiar.
Como solicitar?

O primeiro passo é entender em qual modalidade você se encaixa e depois avaliar qual forma de uso você precisará, que pode ser:

  • custeio, para o financiamento das despesas decorrentes do ciclo produtivo;
  • investimento, direcionado para a compra de bens e serviços usados em diferentes ciclos produtivos;
  • comercialização, que financia operações relativas à compra e venda de produtos.

Depois, confira se você cumpre os requisitos do programa, como:

  • apresentar orçamento, plano simplificado ou projeto técnico;
  • definir um cronograma para uso e reembolso do valor;
  • atentar-se às restrições e recomendações do Zoneamento Agroecológico e Ecológico-Econômico (ZEE).

O primeiro item visa apresentar os motivos para a solicitação de financiamento, além de indicar a localização, a capacidade de pagamento e o fluxo de reembolso. O documento precisa ser entregue na cooperativa de crédito que avaliará as informações.

Os prazos de pagamento variam conforme a finalidade e a modalidade, a fonte dos recursos e o plano de produção e os juros, como vimos, dependem das características e da modalidade do seu empréstimo.

As garantias ficam por conta da instituição financeira, sendo previamente acordadas. As alternativas mais usadas são: penhor agrícola, alienação fiduciária e hipoteca cedular ou comum.

Para que o crédito seja concedido, a instituição deverá realizar fiscalizações de acordo com as seguintes indicações:

  • crédito agrícola: antes do período da colheita;
  • crédito de custeio pecuário: pelo menos uma vez durante a operação;
  • empréstimo do Governo Federal (EGF): no curso da operação;
  • crédito para reformas, construções ou ampliações de benfeitorias: até o término do cronograma de execução;
  • outros financiamentos: no prazo máximo de 60 dias depois de cada uso.

Viu só como o crédito rural é importante? Com ele, você poderá aumentar sua produção, comprar novas máquinas, fazer investimentos e fortalecer suas atividades, fazendo o seu negócio rural crescer.

Se você está em busca dessa modalidade de crédito, entre em contato conosco e saiba como podemos ajudá-lo!

Notícias Relacionadas

Uma modalidade de crédito que pode apoiar no desenvolvimento do setor de agronegócio.
Entenda quais as vantagens e desvantagens de um consórcio e como avaliar se essa modalidade é ideal para os seus projetos
Fintechs de crédito, uma alternativa para quem está precisando de um reforço no caixa.
Vamos te explicar neste artigo como usar o FGTS em algo que contribua para a sua estabilidade financeira.

Compartilhe

Compartilhar no linkedin
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp

Notícias Relacionadas

Uma modalidade de crédito que pode apoiar no desenvolvimento do setor de agronegócio.
Entenda quais as vantagens e desvantagens de um consórcio e como avaliar se essa modalidade é ideal para os seus projetos
Fintechs de crédito, uma alternativa para quem está precisando de um reforço no caixa.
Vamos te explicar neste artigo como usar o FGTS em algo que contribua para a sua estabilidade financeira.
.

Sua Mensagem foi
enviada com sucesso!